Realidade
1.1 Era o último dia de aula, e todas as crianças estavam animadas com a festa de despedida. Dona Beatriz foi a primeira a chegar com seu netinho, Rodrigo, o mais tranquilo da turma, começou então, a esperada gincana da alegria, com jogos e brincadeiras divertidas. Num dado momento da festa, ouvem-se gritos vindos do pátio e muitas crianças correndo. Parecia ser uma briga, e era. Maurício, o mais velho da turma, havia agredido Rodrigo pela terceira vez no ano. Ao redor, seus colegas gritavam: “Vai, pega ele, Rodrigo!” Mas o menino não reagia. Quando sua avó se aproximou e lhe perguntou: “Rodrigo, meu amor, por que você deixa esse menino bater tanto em você e nunca reage?” Respondeu o menino, serenamente: “Vó, cada um oferece aquilo que tem no coração e dentro de mim não tem violência. Por isso, não me peça pra ser igual a ele”.
1.2 Um empresário contratou um carpinteiro para consertar uns móveis de sua casa. O primeiro dia de trabalho do carpinteiro foi bem difícil. O pneu do seu carro furou; a sua serra elétrica quebrou, e, no final do dia, seu carro não funcionou. Então, o empresário levou de volta o carpinteiro que, durante o caminho não abriu a boca. Quando chegaram a casa do carpinteiro, este convidou o empresário para entrar e conhecer sua família. Na entrada, o carpinteiro parou junto a uma pequena árvore e gentilmente tocou as pontas dos galhos com as duas mãos. Ao abrir a porta da casa, o carpinteiro transfigurou-se. Abriu um generoso sorriso e, com muito afeto, abraçou seus filhos e beijou sua esposa. Terminada a breve visita, o carpinteiro acompanhou o empresário até o carro. Ao passarem pela árvore, o homem perguntou por que ele havia tocado na planta antes de entrar em casa. “Ah”, explicou o carpinteiro, “esta é a minha planta dos problemas. Eu sei que não posso evitar ter problemas no meu trabalho, mas eles não devem prejudicar meus filhos e minha esposa. Então, toda noite quando chego, deixo os meus problemas nesta árvore, e os pego no