Realeza Micênica
No Capítulo A Realeza Micênica de “ As Origens do pensamento Grego” de Jean Pierre Vernant aborda a vida dessa civilização que começou a ser melhor entendida através da escrita Linear B (trata-se de uma escrita silábica em placas de argila) que de acordo com Vernant resolveu algumas questões e levantou outras*. Quanto a sua antecessora a escrita chamada Linear A que era original de Creta não foi decifrada até os dias atuais, a escrita é sem dúvida o aspecto mais importante dessa civilização que tinha a vida centralizada no Palácio que era uma fortaleza onde o rei Ánax vivia também tinha o controle de tudo através dos relatos realizados pelos Escribas. O Ánax concentrava todo o poder político, religioso administrativo econômico e militar, controlava tudo que se passava e era considerado como um “ser superior, uma divindade”. Através dos Basileus era feita distribuição dos alimentos que eram plantados nas aldeias, havia o que era deixado para consumo e o excedente era levado ao Palácio e realizada essa distribuição entre as demais aldeias e o palácio era sempre realizado desta forma, jamais havia a troca de alimentos ou ferramentas entre as aldeias havia sempre a distribuição pelos Basileus e o intermédio do Palácio, os escribas faziam o controle através de escritos e arquivos também para que fosse mantido o controle pelo Ánax caracterizando assim uma economia palaciana, se detalharmos as funções do Ánax ele era uma espécie de “General Soberano” ele era o responsável pelo recrutamento de homens para a guerra e até mesmo as estratégias de guerra ficavam ao seu comando. No aspecto religioso sua função era organizar as honras aos Deuses. O autor faz sua crítica ao anacronismo usado por outros para tentar explicar melhor o modelo Civilização Micênica chamando-a de Realeza Burocrática para discriminar o quão detalhista eram os relatos dos escribas sobre o gado e a agricultura deixando mais clara a soberania do Ánax. Também comparada aos