Reabilitação pós iam
Coordenação: Iran Castro (RS) Participantes: Cláudio Araújo Gil (RJ) Fábio Sândoli de Brito (SP) Iran Castro (RS) Jorge Pinto Ribeiro (RS) Luiz Eduardo Mastrocola (SP) Nabyl Ghorayeb (SP) Paulo Yasbek (SP) Ricardo Vivacqua (RJ) Romeu Meneghello (SP) Walter Silveira (DF)
Até os anos 60-70, recomendava-se repouso de três semanas aos pacientes que se recuperavam de IAM, baseando-se no pressuposto de que o repouso facilitaria o processo de cicatrização do miocárdio 1. Entretanto, observou-se que o repouso prolongado no leito resultava em alguns efeitos deletérios 2 (quadro I). O exercício físico pode aumentar a capacidade de função cardiovascular e diminuir a demanda de oxigênio miocárdico para um determinado nível de atividade física. A reabilitação na fase aguda do infarto objetiva reduzir os efeitos deletérios de prolongado repouso no leito, o controle das alterações psicológicas e a redução da permanência hospitalar 3. Além disso, a longo prazo, o exercício pode ajudar a controlar o hábito de fumar, a hipertensão arterial, dislipidemias, diabetes mellitus, obesidade e a tensão emocional. Há evidências de que exercício regular, realizado por longos períodos, possa influenciar na prevenção da aterosclerose e na redução de eventos coronários, sendo necessária a atividade regular para manter os efeitos do exercício 4,5 . Avaliação médica adequada, educação e orientação reduzem o risco potencial da atividade física mais intensa 6. Objetivos - O principal objetivo dos programas de reabilitação cardíaca é permitir aos cardiopatas retornar, o quanto antes, à vida produtiva e ativa, a despeito de possíveis limitações impostas pelo seu processo patológico, pelo maior período de tempo possível. Poderiam ainda ser apresentados outros três objetivos
específicos: 1) restaurar à sua melhor condição fisiológica, social e laborativa pacientes com doença cardiovascular; 2) prevenir a progressão, ou reverter o processo