Raízen
As dimensões de tais mudanças e transformações ainda não estão totalmente apreendidas, quer pelos intelectuais, quer pelos demais indivíduos. Via de regra, o que temos são, na sua maioria, interpretações parciais e, algumas vezes, um bocado particulares, que beiram a fantasia, seja ela pessimista ou otimista. Não poderia ser diferente.
Ocorre que, dada a velocidade com que as mudanças aconteceram e tem acontecido, torna-se difícil apreendê-las com alguma clareza, uma vez que seu ritmo supera muitas vezes a nossa capacidade de acompanhá-las e observá-las. Além disso somos ao mesmo tempo sujeitos e objetos dessas mudanças, o que nos remete muito a auto referência e confunde nossas experiências pessoais com nossa percepção mais ampla dos fatos. Escrevendo e procurando refletir sobre a realidade atual, estamos escrevendo e refletindo no bojo dos acontecimentos (sempre muito rápidos), o que nos impede de tomarmos uma distância segura para observarmos o que se passa. Não existe distância, estamos ao mesmo tempo na hora e no local dos acontecimentos, e deste ponto temos que procurar refletir, o que é complicado.
Não obstante, têm surgindo uma gama cada vez maior de trabalhos que procuram realizar esta tarefa de interpretação e reflexão. É claro que eles não são completos ou definitivos (e nem poderiam ser), mas conseguem o pensamento científico e filosófico, a produção artística e o comportamento das pessoas em esferas mais pessoais de interpretação da realidade, ação social, religiosidade, consumo e muitas outras.
As dimensões de tais mudanças e transformações ainda não estão totalmente apreendidas, quer pelos intelectuais, quer pelos demais indivíduos. Via de regra, o que temos são, na sua maioria, interpretações parciais e, algumas vezes, um bocado