Raça e racismo: a negação do negro no brasil
Este ensaio busca mostrar as relações de raça e racismo existentes no cenário brasileiro, e em como as políticas públicas tem buscado realizar ações afirmativas que tencionam elevar o negro a uma categoria de igualdade social com o não-negro, para isso utilizamos as discussões apresentadas pelos teóricos AZEVEDO (2004), ROSSEAU (2009), MAGGIE (2007) e GUIMARÃES (2002).
Azevedo (2004) fala do medo criado a respeito do negro na pós-abolição, que foi sumariamente expulso para as áreas menos desenvolvidas no Brasil por serem considerados incapazes de exercerem funções mais complexas do que o trabalho pesado praticado por eles nas plantações. Rosseau (2009) no texto utilizado fala sobre o branqueamento como meio de se legitimar o negro brasileiro. Maggie (2007) discute sobre as políticas públicas em prol do negro realizadas no Brasil, mas faz uma crítica a estas medidas pois para ela o uso do conceito de raça é segregacionista, e por sua vez Guimarães (2002) fala sobre o conceito de raça e sobre o insulto racial em um estudo de caso realizado na cidade de São Paulo.
O texto de Célia Marinho de Azevedo (2004) fala sobre como a sobre como a sociedade tratou o negro brasileiro após a abolição da escravatura de 1888, em como esses homens “livres” foram sistematicamente expulsos do convívio social e marginalizados, passando a viver ao redor dos centros urbanos, nas chamadas periferias.
O instrumento utilizado para conseguir esse afastamento do afrodescendente foi o medo, os políticos e intelectuais da época que buscavam um branqueamento da população brasileira através da vinda de imigrantes europeus para o país, incitavam a população em geral a temerem esses ex-escravos, de forma a não aceita-los em seu convívio e relações sociais. Essas estratégias de se higienizar os espaços urbanos visavam “de um lado (...) combater o curandeirismo e as práticas culturais afro-brasileiras e, de outro, procurava deslocar os negros das