razão
Inatismo ou empirismo?
Durante séculos, a filosofia ofereceu duas repostas a essas perguntas. A primeira ficou conhecida como inatismo, e a segunda, como empirismo.
O inatismo afirma que, ao nascermos, trazemos em nossa inteligência não só princípios racionais, mas também algumas ideias verdadeiras, que, por isso, são ideias inatas. O empirismo, ao contrário, afirma que a razão, com seus princípios, seus procedimentos e suas ideias, é adquirida por nós pela experiência.
Inatismo platônico
Platão defende a tese do inatismo da razão ou das ideias verdadeiras. Ele retrata essa tese em vária de suas obras. Uma das mais conhecidas são os diálogos “Mênom e República”.
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No Mênon, Sócrates dialoga com um jovem escravo analfabeto. Fazendo-lhe perguntas certas na hora certa, o filósofo consegue que o jovem escravo demonstre sozinho um difícil teorema de geometria. As verdades matemáticas vão surgindo no espírito do escravo à medida que Sócrates vai lhe fazendo perguntas e vai raciocinando com ele.
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Na república, Platão desenvolve uma teoria que já for esboçada no Mênon: a teoria da reminiscência. Nascemos com a razão e as ideias verdadeiras, e a filosofias nada miss faz do que nos relembrar essas ideias.
Platão é um grande escritor e usa em seus escritos um procedimento literário que auxilia a expor as teorias muito difíceis.
Conhecer, diz Platão, é recordar a verdade que já existe em nós; é despertar a razão para que ela se exerça por si mesma. Por isso Sócrates fazia perguntas, pois, por meio delas, as pessoas poderiam lembrar-se da verdade e do uso da razão. Se nascêssemos com a razão e com a verdade, indaga Platão, como saberíamos que temos uma ideia verdadeira ao encontra-la? Como poderíamos distinguir o verdadeiro do falso, se não nascêssemos conhecendo essa diferença?
Inatismo cartesiano
Descartes discute a teoria dass ideias inatas em várias de suas obras, mas as exposições mais conhecida encontram-se em duas