Rastreamento Mamogràfico no Brasil
Rastreamento Mamográfico no Brasil
Artigo submetido em 21/7/11; aceito para publicação em 20/9/11
Rastreamento do Câncer de Mama no Brasil: Quem, Como e Por quê?
Breast cancer Screening in Brazil: Who, How and Why?
Rastreo del Cáncer de Mama en Brasil: ¿Quién, Cómo y Por qué?
Ronaldo Corrêa Ferreira da Silva1, Virginia Alonso Hortale2
INTRODUÇÃO
O Câncer de mama no Brasil é o mais frequente e a maior causa de morte por câncer na população feminina.
Dados do GLOBOCAN 2008 para o país apontam taxas de incidência corrigidas por idade de 42,3/100.000 e de mortalidade de 12,3/100.0001. A distribuição dos casos novos e mortes por esse câncer apresentam grandes diferenças regionais, com taxas mais altas de incidência e mortalidade nas regiões Sudeste e Sul e menores taxas nas regiões Norte e Nordeste2-3. Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 1/3 dos cânceres pode ser curado se detectado precocemente e tratado adequadamente4. Tanto a OMS como organizações sanitárias de diversos países acreditam que ações integradas de controle do câncer, que incluem prevenção dos fatores de risco, detecção precoce dos tumores, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos, reduzem a mortalidade e a morbidade do câncer 5-6. Em relação à detecção precoce, podem-se adotar duas estratégias: o diagnóstico precoce e o rastreamento. Diagnóstico precoce consiste na conscientização da população e de profissionais de saúde para os sinais e sintomas precoces do câncer promovendo a realização de uma consulta nos serviços de saúde para os indivíduos sintomáticos. Rastreamento significa submeter indivíduos sem sintomas a exames de triagem para detectar o câncer (ou lesões precursoras do câncer) e organizar referências para confirmação diagnóstico e tratamento7-8.
Os objetivos deste artigo são analisar as evidências do rastreamento do câncer de mama e sua contribuição na
redução da mortalidade e discutir as estratégias