A EFICÁCIA DO MAMÓGRAFO DIGITAL.
Mamografia Convencional x Mamografia Digital
O câncer de mama é o tipo de câncer mais frequente entre as mulheres em todo o mundo, respondendo por quase 25% de todas as neoplasias femininas. É também a principal causa de mortalidade por câncer entre as mulheres (WHO, 2007; IARC, 2010), ainda hoje, é o melhor método de detecção precoce do câncer de mama.
A detecção precoce pode ser alcançada pelo diagnóstico em mulheres com sintomas iniciais ou por exames de rastreamento periódicos em mulheres assintomáticas, identificando anormalidades sugestivas de neoplasia.
O método mais eficaz para a detecção da doença em estágios iniciais, antes mesmo de se tornar palpável, é a mamografia de rastreamento, a eficácia do rastreamento mamográfico estratégico foi comprovada pela redução da mortalidade por câncer de mama em 20 a 30% em mulheres acima de 50 anos de idade em países desenvolvidos e com cobertura de rastreio superior a 70% (IARC, 2008).
O exame mamográfico foi criado pelo médico radiologista francês Charles Gros em meados da década de 1960. Trata-se de uma radiografia específica das mamas. A imagem é obtida através da captação dos raios-X que atravessam o tecido mamário comprimido entre duas placas a fim de diminuir a sobreposição das estruturas e aproximá-las do filme detector. A imagem produzida é definitiva, e sua qualidade depende das condições técnicas durante a execução do exame. A partir da década de 1970 o exame foi revolucionado pela associação de filmes de alta definição com um écran intensificador de imagem, permitido então um processamento mais rápido e a diminuição da dose de radiação necessária para a obtenção da imagem. Ainda assim, uma em cada dez mulheres precisa repetir o exame para obter imagens complementares ou melhoradas. Em janeiro de 2000 foi aprovado nos EUA o primeiro sistema mamográfico digital. Neste, os componentes detectores de radiação transmitem impulsos elétricos a um computador que projeta a