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A ampliação da presença da Telefônica na Telecom Italia tem implicações diretas no Brasil, onde as duas empresas são concorrentes. A Telefônica, que já é dona da Vivo (VIVT4), agora torna-se também sócia majoritária da TIM (TIMP3).
A reportagem do UOL não conseguiu contato com a Vivo, nem com a TIM.
Pelas regras do setor de telecomunicações no Brasil, um mesmo grupo não pode ter duas empresas que atuam em telefonia celular numa mesma região. Por isso, uma possibilidade é que a Telecom Italia venda a TIM Participações no Brasil.
Outro desafio é manter a qualidade dos serviços prestados no Brasil, disse à agência de notícias Reuters uma fonte da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
O negócio deve ser avaliado por autoridades brasileiras, como o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). A Vivo possui 28,7% do mercado de telefonia celuar no Brasil e a Tim, 27,2%.
Telecom Italia enfrenta dificuldades
A Telefônica já era a maior acionista da Telco, com uma participação de 46%, e deve passar a 66%, num primeiro momento, e até 70%, numa segunda etapa. A Telco detém 22,4% da Telecom Italia.
O acordo foi fechado pela Telefônica com os demais investidores na Telco: os bancos italianos Mediobanca e Intesa Sanpaolo, e a seguradora Generali.
Pelo acordo, as ações da Telecom Italia foram avaliadas em 1,09 euro, quase o dobro do atual preço de mercado. Em 2007, os acionistas da Telco pagaram 2,8 euros por cada ação. Os papéis da companhia valem agora 0,59 euro.
Com o novo acordo, a Telefônica fortalece sua influência sobre uma importante rival na América do Sul, e permite aos sócios italianos saírem de um investimento não lucrativo, pondo fim a meses de especulações sobre o futuro da companhia italiana.
A Telecom Italia enfrenta dificuldades para