Raizes do brasil

O livro “Raízes do Brasil”, de Sergio Buarque de Holanda, busca compreender e explicar o modo de ser ou a estrutura social e política do Brasil e dos Brasileiros. Fala sobre nossas origens, colonização, baseado no contexto histórico da era Vargas e problemas políticos. Uma burguesia que não gostava de trabalho físico, do trabalho regular, de esforço, mas sim de serem senhores. Tentativa de modernização, criação de universidades e polos criativos no brasil. O autor cria uma metodologia, influenciado pela teoria de Max Weber composta pelo tipo ideal, um tipo inexistente, um exagero, estereótipos relacionados ao contexto histórico para entender o caráter do brasileiro. Para Sérgio Buarque, os colonizadores eram “Homens Aventureiros”, ou seja, aquele que quer o lucro imediato. Busca novas experiências e não quer se esforçar, tem horror ao trabalho braçal e quer ganhar dinheiro fácil. Foi esse espírito aventureiro que trouxe o português ao Brasil e aqui permaneceu extraindo tudo o que podia. Ao contrário desse homem aventureiro, tem o homem trabalhador, minoria, que deseja segurança, é esforçado, não tem aversão ao trabalho manual, procura estabilidade, paz e terra.
Ethos é a forma de estar no mundo, forma como vê o mundo. O Ethos aventureiro é o de horror ao esforço, é um Ethos personalista, laço pessoal, ajuda quem você conhece, mas só ajuda querendo algo em troca. O Ethos do trabalhador é o da vocação divina. A vida rural foi um fator importantíssimo na formação da sociedade brasileira. Os negros eram explorados pelos homens aventureiros e exportados para um trabalho escravo, fácil e lucrativo para os senhores. Havia um laço pessoal nessa relação de escravo e senhor, o personalismo, a impessoalidade como forma de ser menos frio, criado pelo homem aventureiro (Rural e tradicionalista). Com a proibição do tráfego, o processo de urbanização acelerou nitidamente. O homem cordial vem com essa passagem do rural para o urbano, é aquele que age movido pela emoção