Raio x
Aparelho de 1896 produziu doses de radiação e tempos de exposição que foram muito superiores aos dos sistemas de hoje
Pesquisadores do Maastricht University Medical Center, na Holanda, testaram recentemente a primeira geração de aparelhos de raios-x de 1896 e verificaram como a tecnologia desses aparelhos evoluiu.
Resultados mostram que o aparelho de 1896 produziu doses de radiação e tempos de exposição que foram muito superiores aos dos sistemas de hoje.
"Que eu saiba, nunca ninguém tinha feito medições sistemáticas sobre este equipamento, desde que foram desenvolvidos novos aparelhos, esses sistemas foram substituídos por outros mais sofisticados", observou a principal autora do estudo, Gerrit J. Kemerink.
Sistema pioneiro
Wilhelm Roentgen relatou sua descoberta dos raios-x em 28 de dezembro de 1895. Algumas semanas mais tarde, HJ Hoffmans, físico e diretor de colégio em Maastricht, na Holanda, e L. Th. van Kleef, diretor de um hospital local, realizaram experimentos com imagens anatômicas com um sistema de raio-x construído a partir de equipamentos na escola de Hoffmans. Os elementos-chave do sistema incluíam um transformador de alta tensão e um bulbo de vidro com eletrodos de metal em cada extremidade.
A tecnologia avançou rapidamente e a configuração utilizada por Hoffmans e van Kleef logo se tornou obsoleta.
Eventualmente, o equipamento acabou ficando guardado em um depósito de Maastricht. Um ano atrás, Jos van Engelshoven, ex-chefe de radiologia na Universidade de Maastricht, recuperou o equipamento, a maioria ainda em condições de funcionamento, para um programa de televisão sobre a história da saúde da região. Kemerink decidiu, então, analisar a configuração em detalhes.
Os pesquisadores Maastricht repetiram alguns dos primeiros exames de imagem, utilizando o equipamento para a imagem de um espécime de mão de um corpo que havia sido doado à ciência.
"Nós às vezes trabalhávamos