radiologia
1. INTRODUÇÃO
A histerossalpingografia (HSG) é o exame radiológico da cavidade uterina e das trompas após opacificação pela injecção de um produto de contraste no interior do útero, através do colo.
A primeira HSG terá sido efectuada provavelmente em 1910 por Rindfleisch W, somente
15 anos após a descoberta dos RX1-3. Foi um dos primeiros exames radiográficos especializados utilizando pasta de bismuto através do canal cervical.
Nos anos seguintes à sua descoberta procedeu-se ao desenvolvimento de melhores meios de contraste, bem como ao aperfeiçoamento da técnica de execução e da interpretação das imagens radiográficas obtidas. Ultimamente, face ao desenvolvimento de outras técnicas imagiológicas (ecografia, histeroscopia e ressonância magnética [RM4]), e ao facto de ser considerada uma técnica antiquada, a HSG tem sido negligenciada em algumas instituições, quer por radiologistas, quer por ginecologistas.
Apesar de alguma perda de importância, a
HSG permanece um marco importante na avaliação inicial do casal infértil, devido à sua validade como procedimento de ambulatório, ausência de anestesia, rapidez de execução, morbilidade mínima e relativo baixo preço.
O desenvolvimento do cateterismo tubar em 1980 e da histerossalpingossonografia
(HSSG) nos anos de 1990, tem motivado
um ressurgimento da técnica de HSG, sobretudo para melhor e mais fina caracterização tubar.
2. TÉCNICA DA
HISTEROSSALPINGOGRAFIA
O produto de contraste utilizado é habitualmente o Telebrix-Hystero (substância hidrossolúvel com 25% de iodo), que é bem tolerado, eliminando-se ao fim de 30 min. Este produto de contraste progride bem, ao longo do canal genital, e proporciona imagens finas e distintas das pregas mucosas.
São contra-indicações à realização da HSG a alergia conhecida ao iodo, a existência ou suspeita de gravidez, a infecção genital evolutiva ou latente, as metrorragias em actividade ou mesmo a ingestão recente de bismuto