Dilataçao
Nesta revisão bibliográfica os assuntos abordados estão relacionados com a utilização do concreto armado na construção civil e sua dilatação quando esta está envolvida com a variação de temperatura.
Estrutura de concreto armado é a denominação de estruturas compostas de concreto, cimento + água + agregados (e às vezes + aditivos) com barras de aço no interior. Essas barras de aço são posicionadas em locais específicos da peça de concreto com o objetivo de reforça-la.
As estruturas de concreto armado apresentam bom desempenho porque, sendo o concreto de ótima resistência à compressão, esse ocupa as partes comprimidas ao passo que o aço, de ótima resistência à tração, ocupa as partes tracionadas, basicamente. É o caso das vigas de concreto armado.
O trabalho conjunto do concreto e do aço é possível porque os coeficientes de dilatação térmica dos dois materiais são praticamente iguais. Outro aspecto positivo é que o concreto protege o aço da oxidação (corrosão), garantindo a durabilidade do conjunto. Porém, a proteção da armadura contra a corrosão só é garantida com a existência de um cobrimento mínimo, entre outros fatores também importantes na questão da durabilidade (como a qualidade do concreto, por exemplo).
Todo material tem um coeficiente chamado “coeficiente de dilatação térmica” (αte), com o qual se pode calcular variações de volume e de comprimento de peças fabricadas com aquele material. O coeficiente define a deformação correspondente a uma variação de temperatura de 1°C. No caso do concreto armado, para variações normais de temperatura, o valor para αrecomendado é de 10-5/ºC (NBR 6118/03, item 8.2.3). Na versão anterior da NBR 6118, de 1980, era permitido dispensar-se a variação de temperatura em estruturas de concreto interrompidas por juntas de dilatação a cada 30 m, no máximo. A norma atual (NBR 6118/03), porém, não traz recomendações de como o problema da dilatação térmica nas estruturas pode ser tratado de modo simplificado. Neste