Silvia Maria Vieira dos Santos Professora de Histria e Mestre em Educao Brasileira - UFC Racismo e Escola, duas palavras aparentemente sem nenhuma ligao, ser verdade Sei, que no mundo juvenil, a escola o espao privilegiado onde aprendemos e compartilhamos os saberes, valores, crenas, hbitos e tambm preconceitos. o lugar das construes ideolgicas e identitrias dos seres humanos. Neste espao que adoramos e odiamos fazemos amizades, brigamos, namoramos, jogamos, lemos, interpretamos, contamos, convencemos e somos convencidos de algo a todo instante. As prticas racistas encontram seu lugar na sociedade, dentro da escola quando no vemos cartazes de crianas ou jovens negr@s espalhados pelos corredores, quando, num desfile de beleza invisibilizamos as meninas e os meninos negr@s desencorajando-os at de participar desse tipo de concurso (porque s ganham as meninas chapinhas, de olho claro, brancas e bem magricelas). O Racismo est presente nos apelidos, nas brincadeiras feitas por alun@s e professor@s que, aparentemente dizem ser inofensivas, mas que marcam a gente para o resto de nossas vidas machucando como uma ferida aberta. No ambiente escolar, o alvo das chacotas est no corpo negro que, em seus diversos aspectos, como o cabelo, o rosto e a sexualidade despertam uma variedade de preconceitos no imaginrio social ocidentalizado, chegando bestializao. O cabelo como ruim, bombril o rosto apresentado com olhos grandes, nariz apelidado de venta e lbios denominados beios e a sexualidade expressa nos esteretipos de negro com pnis grande e negra fogosa de ndega volumosa. Galera, a relao entre professor@s e alun@s afrodescendentes se d num clima de estranhamento, do qual fingi-se no tomar conhecimento e os contedos so passados a partir de uma base eurocntrica. Vocs j perceberam quantos captulos os livros de Histria e Geografia (pra no falar das outras matrias que nem citam) trazem sobre frica e quantos existem sobre a Europa por desconhecermos essa histria que no