RACISMO Os primeiros contatos entre conquistadores portugueses e africanos, no século XV, não foram marcadospor atritos de origem racial. No entanto, quando os europeus, no século XIX, começaram a colonizar o Continente negro, encontraram justificações para impor aos povos colonizados as suas leis e formas de viver. Uma dessas justificações foi a ideia errônea de que os negros eram uma "raça" inferior e passaram a aplicar a discriminação com base racial nas suas colônias, para assegurar determinados "direitos" aos colonos europeus. O caso mais extremo foi a instituição do apartheid na África do Sul, em que essa discriminação foi suportada por leis decretadas pelo Estado. No Brasil os negros foram trazidos para serem escravos nos engenhos de cana de açúcar, devido às dificuldades da escravização dos ameríndios, os primeiro habitantes brasileiros do qual se tem relato. A igreja católica era contra a predação dos ameríndios, pois queria catequiza-los, assim obteriam novos adeptos a religião católica, já que a Europa passava por uma reforma religiosa em alguns países onde surgiam novas religiões. A igreja Católica não se opunha decisivamente à escravidão negra, e embora alguns achem que se acreditava que os negros não tinham almas, sempre existiram inúmeros santos negros; a igreja nesse sentido contrapunha seus valores cristãos com sua necessidade de existência e expansão no jogo de poder da sociedade escravocrata. O convívio com as doenças dos brancos e de seus animais e a motivação financeira foram usados como justificativas para a escravização negra. A abolição da escravatura brasileira foi um processo lento que passou por várias etapas antes de sua concretização. Criaram-se leis com o intuito de retardar esse processo de abolição como a Lei do Ventre Livre e a Lei dos Sexagenários entre outras, as quais pouco favoreciam os escravos. Quando finalmente foi decretada a abolição da escravatura, não se realizaram projetos de assistência ou leis para