racismo
Nossa luta permanece firme para que o agressor seja punido e para que isto não se repita. São muitos os obstáculos: o corporativismo da polícia, o silêncio e a cumplicidade da Universidade. A Faculdade de Direito oficiou o Ministério Público, o que é bom, mas não o suficiente. A USP precisa se responsabilizar pelo ocorrido, que não é uma exceção: diariamente, negros são parados, revistados, discriminados, agredidos aqui dentro. Quase não há negros nas salas de aula, mas há muitos nos postos terceirizados da limpeza, de forma precária, ganhando pouquíssimo. Precisamos de cotas raciais na USP, e de uma política mais ampla e eficaz de assistência e permanência aos estudantes negros e negras.
Dentro e fora da USP, assistimos a uma escalada da violência racista: são Amarildos, Claudias, DGs assassinados nas periferias, Daniel Alves e outros casos de racismo no futebol. O caso da USP Ribeirão não é isolado: reflete o racismo institucional da sociedade.
A USP precisa ir a fundo, investigar e punir os responsáveis pela ação e as omissões no caso do nosso colega. Exigimos a criação de uma comissão paritária formada pelas três categorias da Universidade: estudantes, professores e funcionários, preferencialmente negros, para apurar e tomar medidas concretas para sanar este caso e impedir outros futuros. Racistas, não passarão!
Nota do DCE Livre da USP contra o ataque racista a um estudante negro no CEPE-USP
27 de agosto de 2013, 13:12
Por menos que conte a História, não te esqueço meu povo, se Palmares não vive mais,