Rabalhos
Inspirados pelos conceitos da razão iluminista, o integrantes desta escola tentaram definir quais seriam as leis que naturalmente regiam o desenvolvimento de qualquer economia. Para eles, toda aquela prática que fosse empiricamente apontada como natural ao desenvolvimento econômico não poderia ser maléfica, pois ela estaria harmoniosamente ligada às demais leis que regem a natureza e o comportamento do homem.
Nesse sentido, os fisiocratas tiveram interesse particular em refletir sobre as ações orientadoras das políticas mercantilistas, que, nessa época, predominavam em boa parte dos governos europeus. Segundo suas concepções, as diversas intervenções que marcavam as políticas mercantilistas não poderiam garantir um desenvolvimento real da economia, já que eram estabelecidas pelos instrumentos de intervenção política do governo monárquico.
De acordo com a fisiocracia, o lucro gerado pela indústria e pelo comércio não poderiam ser geradores de riqueza. As mercadorias e outros bens que circulavam nesses dois setores econômicos somente representavam uma transformação daquilo que era gerado pelo uso da terra, lugar que seria fonte de toda e qualquer riqueza. Desse modo, o pensamento fisiocrata acreditava que os proprietários de terra deveriam ser vistos como os verdadeiros geradores de toda a riqueza nacional.
Saindo em defesa do respeito às leis naturais que regulavam a economia, os fisiocratas foram os primeiros teóricos que se mostraram completamente contrários a qualquer tipo de intervenção estatal na economia.