Química na antiguidade
Introdução:
Ao longo dos tempos foram utilizadas, pelas diferentes civilizações, diversas substâncias orgânicas, quer de origem vegetal quer animal, como corantes para tingimento de têxteis.
A humanidade sempre foi fascinada por cores. Há 20.000 anos caçadores da Era Glacial já utilizavam pigmentos para fazer inscrições rupestres nas paredes das cavernas, criando obras que resistem até os dias atuais.
Os corantes naturais eram extraídos essencialmente de flores, sementes, frutos,cascas e raízes de plantas ou de insectos e moluscos através de processos complexos.
Desenvolvimento:
Muitos dos velhos tecidos encontrados em múmias egipcias eram coloridos: o uso de corantes pelo homem tem mais de 4.000 anos! Mesmo nas cavernas, utilizávamos pigmentos para fazer inscrições rupestres. Os homens das cavernas já usavam pigmentosEram, inicialmente, obtidos de fontes naturais. Entretanto, muitos corantes naturais utilizados na antiguidade ainda são empregados, e em larga escala. Exemplos são o índigo, um pigmento azul, estraído de planta homônima (indigofera tinctoria), a alizarina, um corante extraído da raiz de uma planta européia (madder) e a henna, utilizada até mesmo na indústria de cosméticos. (1)
A utilização dos corantes remonta à Antiguidade, altura em que foi descoberto o primeiro corante: o índigo. Este possui cor azul e a sua molécula é formada por quatro anéis encadeados que contêm, além de átomos de carbono, hidrogénio e oxigénio, dois átomos de azoto. Importância semelhante ao índigo tinha a rubiácea, planta cultivada sobretudo no Sul de França, Bélgica e Turquia, a partir da qual se fabricava a alizarina, um corante muito procurado. A alizarina tinha como função o tingimento das calças vermelhas do exército francês.Durante muitos séculos empregaram-se exclusivamente corantes naturais extraídos de animais, de plantas ou de minerais, até que em 1856 W. Perkin descobriu o primeiro corante sintético, a