Quiosque em Shoppings
Há exatos dez anos surgia o primeiro quiosque em um shopping brasileiro. Para as redes, é, principalmente, uma forma de testar marcas, produtos e mercados. Segundo estimativa da Associação Brasileira de Franchising, os quiosques foram responsáveis por um faturamento de R$ 6 bilhões em 2009. Esse tipo de negócio sofisticou-se consideravelmente na última década. “Os quiosques mostraram que, combinando boa localização, produtos inovadores e um visual atraente, podem ser até mais rentáveis que uma loja”, afirma João Bueno, da consultoria de franchising Fábrica3.
Os custos de operação costumam ser de 30% a 50% mais baixos do que os das lojas. Como ficam em áreas de maior fluxo de consumidores, rendem, em geral, mais vendas por metro quadrado. Sim, eles têm potencial para gerar excelentes resultados. Mas o sucesso não é garantido. Empreendedores interessados nesse formato de franquia precisam se cercar de cuidados. A maioria dos quiosques exige investimento inicial baixo, mas, em alguns casos, as quantias são semelhantes às das lojas. É aconselhável comparar, sempre. Outro aspecto que merece atenção: nem sempre é possível instalar o quiosque no ponto desejado. “Os locais mais cobiçados são os corredores dos grandes shoppings, mas a oferta costuma ser menor que a procura”, afirma Ricardo Camargo, diretor-executivo da ABF.
E um último alerta, talvez o mais delicado: os quiosques têm pouco poder de negociação com os shoppings. Os contratos, na maioria das vezes, são de curto prazo — de um a seis meses —, e o shopping pode pedir o ponto de volta quando quiser. Para permanecer longos períodos no mesmo local, é preciso garantir alta vendagem e estar em sintonia com os interesses do locador. “Esperamos que os quiosques ofereçam produtos inovadores, que não serão encontrados nas lojas”, diz Luis Fernando Veiga, presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers. Design diferenciado é outra característica valorizada. “Quiosques que