quimica
Mn
MANGANÊS
Renan Azevedo da Rocha e Júlio Carlos Afonso
Recebido em 04/03/2011, aceito em 16/03/2012
Número Atômico
Massa Molar
Isótopos naturais
Ponto de Fusão
Ponto de Ebulição
Densidade
Muito antes de se descobrir o manganês, seus óxidos eram utilizados desde a Idade da Pedra, como atestam, por exemplo, algumas pinturas rupestres das grutas de Lascaux (França). Vidreiros egípcios e romanos os utilizavam tanto para remover como para introduzir coloração em vidros, bem como em toda uma variedade de experimentos feitos por alquimistas e químicos. Por exemplo, Carl Wilhelm Scheele (1742-1786) descobriu o cloro graças à reação do MnO2 com uma mistura de ácido sulfúrico (H2SO4) e cloreto de sódio (NaCl). Isso levou à primeira grande aplicação industrial do manganês: a manufatura de cloro e de soluções alvejantes (solução aquosa de Cl2). Scheele e outros cientistas de seu tempo acreditavam que aqueles óxidos continham um novo elemento. A primeira evidência data de 1770, quando o austríaco Ignatius Gottfried Kaim (1746-1778), em sua dissertação intitulada De metallis dubiis, descreveu a reação do MnO2 com carbono, produzindo um metal quebradiço. Esse trabalho teve pouca repercussão na época. Em 1774, Johan Gottlieb Gahn (1745-1818) repetiu essencialmente o processo de Kaim, mas descreveu melhor o experimento e seus resultados. Em um cadinho, ele colocou MnO2, óleo e carvão, cobriu o conjunto e o aqueceu. Ao abrir o cadinho, ele viu uma massa metálica que lembrava o ferro. Tratava-se do manganês.
O nome manganês possui origem curiosa. Na região de Magnésia (parte da atual Grécia), havia dois minerais negros que eram chamados magnes: um deles correspondia à magnetita, Fe3O4, e o outro, à pirolusita, MnO2
(que não tinha as propriedades magnéticas da magnetita). O magnes não magnético, usado para descolorir o vidro, passou a ser chamado magnésia negra. No século
XVI, passou a ser denominado manganesum,