Questões
O número vem crescendo, mas...
No início do século 20 a relação entre os papéis masculinos e os femininos era muito desigual. Os homens tinham mais anos de estudo que as mulheres. Essa relação mudou. No início do século 21 esse número já é igual, tendendo um pouquinho para um maior número de mulheres com mais anos de estudo.
A cada ano, em todo o mundo, o número de mulheres dentro das universidades aumenta. Dados da Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OECD) mostram que, na Europa, em cada 100 doutores, 43 são mulheres.
Nos EUA, o número de homens e mulheres que têm título de doutorado em ciências é estável, em ligeira queda; já o número de mulheres é menor, mas significativamente crescente. Em 40 anos, o número de graduandas dobrou, o de mestrandas aumentou três vezes e o de doutoras aumentou cinco vezes.
Elas se concentram nas Ciências Biológicas, Psicologia, Ciências Sociais e Ciências Humanas de modo geral. Nessas áreas, já chegam a ser maioria. Nas áreas de Exatas, porém - especialmente nas Engenharias - a presença feminina é bem menor, sendo elas ainda minoria.
No Brasil, seja em nível nacional, em nível da região Sudeste ou do Rio de Janeiro, o número de mulheres nas universidades vem crescendo muito, chegando a 50 % em algumas áreas das Ciências Sociais e Humanas. Hoje, a cada cem doutorandos 54 são mulheres. Entre os bolsistas de produtividade em pesquisa do CNPq, no entanto, que é a categoria que remunera os pesquisadores mais bem avaliados, apenas 25% são de mulheres.
Em 2003, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), embora a metade dos docentes fossem mulheres, apenas 23% dos cargos de chefia estavam nas mãos de mulheres. Na Comissão Executiva da 4ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia (4ª CNCTI), realizada em 2010, por exemplo, havia pouquíssimas mulheres, e no Conselho Consultivo desse mesmo evento não havia nenhuma.
Ou seja: o número de