Questões raciais
Daniel: Porém, bem mais limpas que os incineradores convencionais, esse novo tipo de usina transforma o lixo local em calor e eletricidade. Dezenas de filtros retêm poluentes, do mercúrio à dioxina, que há uma década sairiam pela chaminé.
Desde então, essas usinas se tornaram cruciais no tratamento do lixo e como fonte de combustível em toda a Dinamarca. Seu uso não só reduziu o gasto energético do país e sua dependência em relação ao gás e ao petróleo, como também beneficiou o meio ambiente, minimizando o uso de aterros sanitários e diminuindo as emissões de dióxido de carbono.
As usinas são tão limpas que, hoje em dia, muitas vezes há mais dioxina emitida em lareiras e churrasqueiras do que pela incineração de lixo. O país, de 5,5 milhões de habitantes, tem 29 usinas dessas, atendendo 98 municípios, e outras dez estão em fase de planejamento ou construção.
Na Dinamarca, as usinas ficam nas comunidades às quais atendem, não importa quão ricas elas sejam, para que o calor da queima do lixo possa ser distribuído de modo eficiente pelo encanamento até as casas. Os planejadores se empenham em separar o tráfego residencial dos caminhões que levam o lixo.
Na Europa, as leis ambientais aceleraram o desenvolvimento dos programas de transformação de dejetos em energia. A União Europeia restringe severamente a criação de novos aterros sanitários, e seus países já se comprometeram a reduzir suas emissões de CO2 até 2012, conforme prevê o Tratado de