Questão social
O desemprego, longe de ser apenas uma questão ligada às relações de trabalho é, sim, uma questão social. O Serviço social tem, de trinta anos para cá, mostrado que deve se dar condições para que se formem as categorias profissionais, evitando-se assim, a assistencialização da questão social. É importante frisar que desemprego e pobreza são expressões diferenciadas da “questão social”. Importante, também lembrar que as políticas de assistência e de seguridade são distintas e que a qualificação, bem como o empreendedorismo são vetores que tendem a influenciar positivamente o enquadramento na questão social. Tanto o Governo Lula quanto o Governo de Dilma Roussef tem enfrentado o debate em torno da questão social, sendo que as estatísticas mostram um avanço positivo no trato da questão social, de certa forma, até exagerado.
Contudo verifica-se que mesmo com emprego, se os salários são baixos o nível de pauperização se acentua e é aí que entra a discussão da questão social, notadamente na discussão das reformas estruturais clássicas como a fundiária e a tributária. A política nacional de assistência social (PNAS) que tem como seu carro chefe o programa fome zero não resolve todos os problemas, principalmente porque não pode resolver o problema da seguridade.
Os programas de transferência de renda, por sua vez, não implicam, necessariamente, numa alteração na situação de trabalho das pessoas. A redistribuição da renda, para alguns autores está ligada à política econômica como um todo.
Logo, o reajuste salarial para preservação do poder de compra deve ser perseguido ou seja, há necessidade de se alterar a relação entre salários e lucros, a favor dos