Questão Social e Serviço Social
• REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: IAMAMOTO, Marilda. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo: Cortez, 2005, p. 27-42.
Marilda Iamamoto começa este texto definindo a questão social como a base de trabalho do Serviço Social. Os assistentes sociais trabalham com a questão social nas suas mais variadas expressões, que, sendo igualdade, se torna rebeldia, “por envolver sujeitos que vivenciam as desigualdades e a ela resistem e se opõem” (p. 28). É nesse meio que trabalham os assistentes sociais, devendo, em suma importância descobrir as novas mediações através das quais se manifestam a questão social: apreendendo as várias expressões que assumem, na atualidade, as desigualdades sociais; e planejando formas de resistência e de defesa da vida.
Estas formas de resistência são presentes, mas por vezes estão ocultas no cotidiano da significativa parcela da população que depende do trabalho para sua sobrevivência. Sendo assim, o assistente social deve saber que “apreender a questão social é também captar as múltiplas formas de pressão social, de invenção e de re-invenção da vida construídas no cotidiano, pois é no presente que estão sendo recriadas novas formas de viver, que apontam um futuro que está sendo germinado” (p. 28).
Nos dias atuais, é necessário repensar a questão social, pois as suas bases passam por profundas mudanças devido às inflexões verificadas no padrão de acumulação. Estas inflexões se devem ao advento do modo de produção taylorista/fordista que emergem a partir do período dos “30 anos gloriosos”, que vai da época do pós-guerra até meados da década de 1970, preconizando e executando a produção em série e em massa para o consumo em excesso, rígida divisão de tarefas entre executores e planejadores, o trabalho parcelar fragmentado e a constituição do “operário massa”.
No entanto, essa “modernização da produção” consiste na recriação de antigas formas de trabalho