Uma Cidade-Estado, também conhecida como “pólis”, tinha como elementos essenciais, a palavra, o espaço público (ágora), a redação das leis (escritas), entre outras. Relacionando estes elementos com o trabalho do advogado (a advocacia), é possível identificar a importância tanto para a Cidade-Estado quando para o advogado, do poder da Palavra (logos), do poder de discursar, argumentar com racionalidade e com fundamentos plausíveis. A palavra é um instrumento essencial para um operador do Direito, entendendo assim que é preciso mesmo dominar as palavras, convencer, ter o dom com a fala para ter sucesso em carreiras como de advogados. Dizendo então de outro elemento importante, a Ágora era um espaço público, uma “praça principal” na “pólis”, era nela que os considerados “cidadãos gregos” conviviam uns com os outros, onde decorriam as discussões políticas e os tribunais populares, considerado, portanto, um espaço de cidadania e de democracia. Ligado a essa definição, o trabalho de advogados é pautado em discussões, em convivência e conhecimento de problemas, que são levados para resoluções em tribunais, que agora já não são populares em uma praça pública. Tratando de redação de leis (escritas), podemos entender como o elemento da “pólis” que tem uma ligação visível com o trabalho de operadores do direito. As leis eram escritas, passando segurança para os cidadãos gregos, esses que eram apenas 10% da população, mas sabiam ler e escrever e tinha conhecimento das leis já postas. Diante disso, os advogados tendem a trabalhar fundamentando-se em leis escritas, conhecendo-as, para a segurança dos seus clientes e para a própria segurança de fazer o trabalho bem feito provando com que está escrito nas leis de forma não mais subjetiva e sim objetiva, incriminando ou defendendo alguma causa.