quem tem medo do homem dos lobos
Repetição, supereu e gozo na construção do caso clínico como ferramenta de pesquisa na clinica psicanalítica
Quem é o Homem dos lobos? O caso do homens dos lobos é um dos casos clássicos de Freud e já fomentou muitas discussões sobre os aspectos analíticos do próprio Freud e sua capacidade de lidar com o que o paciente trouxe ao seu setting. O caso do homem dos lobos foi escrito em 1914, mas foi publicado apenas em 1918 por resguardar o paciente e pesar de forma mais contundente se o relato seria proveitoso para o avanço da psicanálise. Não discutiremos, no presente trabalho, as direções tomadas por Freud em sua análise com o homem dos lobos, mas traremos dos apontamentos feitos pelo criador da Psicanálise reflexões e questionamentos importantes sobre a perspectiva do fazer clínico, quanto se guiado pela lógica do inconsciente, da emersão do sintoma como uma mensagem a ser decifrada que se revela por tentar esconder-se e como tal disposição o afeta e o faz retornar as suas primeiras relações. Mas quem de fato é o homem dos lobos? Seu nome é Sergei Konstantinovitch Pankejef, mas Freud inicia o relato de sua experiência com o homem do lobos falando sobre ter o cuidado de não expor demais o seu analisando por motivações éticas e tendo como objetivo sempre salvaguardar o espaço clínico, a relação de transferência construído dentro dessa clínica e o próprio sujeito que se expõe e se mostra na clínica psicanalítica. Mas algumas das informações do paciente, que inicialmente devem ter sido atentadas meticulosamente pelo analista, devem ser ressaltadas: O homem dos lobos era um jovem de mais de 20 anos quando procurou com Freud e a clínica psicanalítica. Nascido na Rússia, o que levou alguns desafios quanto a análise pois, sendo Freud austríaco e tendo o alemão como língua corrente, a estrutura e uso da linguagem do homem dos lobos eram estranhos a Freud e, muitas vezes, se mostravam