Filosofia do tempo
Chama-nos a atenção a facilidade que o autor tem para dialogar com as partes a respeito de um assunto tão complexo e que é exposto às mais diversas linhas de compreensão.
Para tanto o autor menciona a dimensão de medida do movimento astronômico, observada pela humanidade na menção do sentido do tempo como referência citando Aristóteles, babilônios e Plotino. Ainda cercando a questão, descreve a essência subjetiva do tempo, mencionando Parmênides, Santo Agostinho e sua postura contrária a Aristóteles e o desenrolar das tradições idealistas e materialistas no que se refere ao tema do texto.
O texto também nos permite ter uma perspectiva original ao diagnosticar o tempo a partir do futuro, amarrando os assuntos à memória, consciência e ousadamente levantando a partir do já construído em uma questão particular sobre o tempo, ou seja, a questão do presente e com fôlego suficiente, racionaliza a palavra concretude e a medida alcançável aos Homens a partir do já desenvolvido. Por ser um tema que a cada momento se transforma, associa as idéias ao tempo de cada pensador e aborda com cautela as limitações naturais das épocas.
O árduo assunto não deixa sem fôlego o autor na construção dos seus próximos questionamentos em que prossegue com proposições ainda mais instigantes como a da negação do tempo na filosofia e nas ciências clássicas. Racionalizado assim pelos físicos e filósofos clássicos, por exemplo, Copérnico e Espinosa, eternizando o tempo, desmistificando a idéia do construto imaginário de passado e futuro, em uma idéia de tempo celestial