QUEM PAGA A CONTA
ROBERTO MUNIZ robertomnz@terra.com.br A abertura do mercado segurador, em 2007, acarretou imenso impacto para o consumidor final - o segurado -, que passou a sentir dificuldades em segurar suas propriedades. Estima-se que cerca de três mil empresas encontraram algumas restrições na contratação, principalmente com relação ao custo.
algumas partes do processo, sem prejuízo da viabilidade técnica e econômica. Se isso for levado em consideração desde a fase de pré-projeto, o custo pode ser desprezível.
Caso contrário, pode ser astronômico.
A gestão de risco precisa ser iniciada na fase de concepção do projeto, quando os estudos de viabilidade
No início, foi difícil para esses segurados entender o que técnica e econômica permitem avaliar tanto a relação estava acontecendo. Acostumados a investir pouco (ou benefício/ custo como os riscos envolvidos. Na maionada) em prevenção e transferir seus riscos a custo bai- ria dos projetos, a gestão de risco, quando existe, é xo, de repente se viram diante de um grande problema exercida por pessoas diferentes, mas precisa ser incorporque, na maioria dos casos, investimentos para trans- porada aos demais elementos básicos de gestão. Nesse formar uma planta num risco aceitável são bem elevados. ponto, é importante verificar se os profissionais ligados ao processo/projeto estão preparados para idenMuitas das reações se voltaram para o IRE-Brasil Re, seu tificar e avaliar os riscos, bem como se os tomadores único ressegurador até então. Diziam que ele era culpa- de decisão estão cientes de que não é mais tão fácil e do pelo mercado não ter se preparado para a abertura e barato transferi-los para o mercado segurador. que, no minimo, deveria providenciar contratação de seguro para todos que estivessem sem cobertura. Como Sabemos que pelo menos uma seguradora gerencia explicar-lhes, depois de 70 anos, que a regra mudara? riscos na fase de pré-projeto. Os empreendimentos
A planta da fábrica de um dos reclamantes, por