Queimadas e sensoriamento remoto

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A ocorrência de queimadas no Brasil está relacionada aos fenômenos naturais climáticos e meteorológicos como os raios no início e no fim da estação chuvosa, associada ao longo período de estiagem e a baixa umidade relativa do ar, que favorecem a disseminação e propagação de incêndios (Deppe et al., 2004) ou por ações antrópicas no meio ambiente, sendo que estas se devem às constantes intervenções humanas, motivadas principalmente pela inserção e expansão das atividades relacionadas, em sua grande maioria, à agropecuária e outras atividades que visem à exploração econômica de determinada área, o que acarreta na supressão de áreas naturais.
Assim, visando mecanismos para prevenção e identificação dos focos de incêndios, as instituições de monitoramento ambiental brasileira como o CPTEC/INPE (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) produz diariamente, através de informações de sensores dos satélites como o GOES (Geostationary Operational Environmental Satellite); NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration); AQUA e TERRA ambos transportam o sensor MODIS (Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer) dados essenciais para a detecção de queimadas. Esses que são apresentados como focos de calor, riscos de fogo e previsão de chuvas.
Os dados disponibilizados pelo CPTEC/INPE consideram que a expressão focos de calor é utilizada para interpretar o registro de calor captado na superfície do solo pelo sensor do satélite. Sendo que, esse sensor capta e registra qualquer temperatura acima de 47º C e a interpreta como sendo um foco de calor, ressaltando-se que um foco de calor não é necessariamente um foco de fogo ou incêndio (IBAMA, 2000).
Como esses sensores se baseiam em emissões de radiação termal, os eventos de alta emissão desta radiação resultam nos focos de calor. Mas, nem sempre a fonte desta radiação é uma queimada (Pantoja e Brown, 2007). No momento da detecção podem ocorrer incertezas que estão

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