Quanto vale ou é por quilo - resumo
“Quanto vale ou é por quilo” é um filme brasileiro que mescla o comercio de escravos e a exploração da pobreza pelo marketing. Conta histórias extraídas do Arquivo Nacional, no século XVII e outra ele já nos mostra a contemporaneidade; onde o que une as duas histórias são a miséria, a servidão e a morte. As histórias aparecem disfarçadas como atos, solidárias, e que nos mostra as ONGs. No filme há uma grande exibição da pobreza e da miséria como algo que pode ser vendido, e nos expõe a vergonhosa sociedade manipuladora. O filme não nos fala em lutas pelos direitos, nem de solidariedade, mas da exploração entre pessoas da mesma classe social, como forma de obterem lucro e até mesmo uma forma de sobrevivência. O filme conta uma história de uma escrava que acha em uma senhora branca uma amiga e a propõe um acordo interessante, a senhora branca a compraria, ela trabalharia de graça para a branca por um período e assim poderia guardar um pouco do dinheiro e com esse dinheiro ela compraria sua liberdade. Trato feito, tudo acertado em cartório e vemos aí, o lucro e a liberdade, que se aparenta em amizade e solidariedade. Outra cena, esta já na contemporaneidade, nos mostra o diretor de uma empresa, que é especializado em projetos sociais, que tem um projeto de inclusão digital para uma área da periferia. Surge nesse acordo um conflito entre a exploração e apropriação dos recursos para o projeto, a exploração da miséria e a luta pelo direito à cidadania. Através do filme, vemos denúncias referentes aos personagens do nosso dia a dia, a nossa sociedade brasileira, os políticos corruptos, empresários, os laranjas, os que trabalham e os desempregados. Temos ainda no filme, as empresas fantasmas, os superfaturamentos, lavagem de dinheiro através dos projetos sociais, e as ONGS como fachadas para a capitação de recursos que serão usados em beneficio próprio, a exploração da miséria humana coberta com o manto da solidariedade. O