Quando Escolhi Esta Obra O Que Pretendia
José Rodrigues dos Santos é um autor que me dá essas garantias.
Por vezes quando oiço a críticas a desvalorizar as suas obras, sinceramente custa-me a perceber, pois há alturas em que me agrada muito ler este tipo de livros.
No caso deste autor gosto de saber que nos seus livros está sempre presente o toque jornalista, com o qual vou de certeza aprender sobre um tema.
Fúria Divina marcou o meu reencontro com um personagem que já vou conhecendo relativamente bem, Tomás Noronha, um criptólogo ao estilo Indiana Jones que está sempre disponível para mais uma aventura.
Também Tomás Noronha tem um reencontro nesta obra com Franck Bellamy. Um agente da CIA já conhecido de quem leu "A fórmula de Deus".
A CIA está bastante preocupada com a possibilidade de a AL-Qaeda possuir material para construir bombas atómicas. A ameaça é bem real e Tomás Noronha pode muito bem ser uma peça essencial nesta investigação. Franck Bellamy sabe disso e convence Tomás a entrar nesta aventura, acompanhado pela bela Rebecca, operacional da NEST que é o ramo da CIA que se dedica a investigar esta área.
Em paralelo decorre a história do jovem Ahmed. Um menino egípcio que ainda muito novo se sente no meio de um conflito de ideias. É ponto assente que pretende ser um exemplo de fidelidade ao Islão, mas de um lado tem o seu mullah que na mesquita lhe ensina o carácter inocente e pacífico do Islão e, do outro lado, tem o novo professor que na madrassa lhe ensina um Islão diferente onde impera a intolerância, a ganância e a violência.
Ahmed fica dividido e tem de optar por uma linha do Islão. As duas possibilidades são incompativeis e a escolha vai mudar a sua vida para sempre.
Conforme já nos habituou o autor, também este livro é fruto de uma intensa pesquisa. O leitor é quase um aluno da cultura islâmica, em