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As doenças cardiovasculares possuem uma alta prevalência na população brasileira, sendo responsáveis por um grande número de mortes no Brasil. Sua ocorrência está associada à presença de lesões vasculares relacionadas à aterosclerose. Uma das características destes agravos é a forte associação com fatores de risco. Considera-se que o fator de risco se expressa em aspectos do comportamento pessoal, ligados a estilos de vida, ou exposição ambiental, podendo também ser uma característica inata ou herdada, cujas evidências epidemiológicas o associam a ocorrência de determinada doença.
Assim, dentre os fatores de risco para as doenças cardiovasculares destacam-se a obesidade, o sedentarismo, a hipertensão arterial e o tabagismo, os quais se iniciam na infância e adolescência e apresentam forte tendência a apresentar efeitos aditivos na idade adulta.
Estudos apontam que a taxa de mortalidade das doenças cardiovasculares tem tido poucas alterações nas últimas décadas, embora tenham se empreendidos elevados investimentos. Por outro lado, evidencia-se que os esforços voltados para as mudanças dos hábitos maléficos à saúde das pessoas apresentam excelentes resultados. Contudo, a mudança de tais hábitos já instalados na idade adulta é algo difícil de ser alcançado em virtude da baixa aderência da população. Em contrapartida, hábitos saudáveis desenvolvidos desde a infância, que se mantêm na vida adulta podem contribuir para prevenir as doenças cardiovasculares.
A poluição aumenta o risco de doenças cardiovasculares, aponta a tese de doutorado do pneumologista Ubiratan de Paula Santos, defendida na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A pesquisa verificou que indivíduos expostos a altos índices de poluição apresentam aumento da pressão arterial e do número de mediadores químicos inflamatórios na corrente sangüínea, menor variabilidade da freqüência cardíaca - que provoca um maior risco de arritmia e