Qualidade
OUTSORUCING: IMPACTOS, DILEMAS,
DISCUSSÕES E CASOS REAIS prof. O T Á V I O S A N C H E Z
CIO adota mais critérios e métodos para adquirir Tecnologia
Extraído de Computerworld - Edição 398
19/11/2003
texto de Ricardo César
Comprar bem na área de TI nunca foi tão necessário. Por isso mesmo, essa atividade ganhou em profissionalismo nos últimos
anos. Não basta mais uma
apresentação bem feita para a área financeira aprovar a compra. É preciso um estudo detalhado do retorno que o contrato deve proporcionar e das qualidades da ferramenta escolhida. “CIOs que no passado não sabiam fazer modelagens financeiras tiveram que aprender na marra para conseguir medir o retorno”, afirma Márcio Krug, diretor de soluções do Gartner para a América Latina. Essa necessidade de comprar bem teve implicações mais profundas do que pode parecer à primeira vista. Este foi um dos fatores que impulsionou o diretor de TI com perfil técnico a ser trocado pelo CIO com visão de negócios, que já vem com uma bagagem de negociações.
A principal quebra de paradigma, afirma o analista, é que antes os executivos que escolhiam os parceiros de TI eram levados pelo “hype” dos próprios fornecedores. Agora os CIOs tomaram as rédeas do processo e são eles que ditam o que precisam ao invés de serem puxados pelos modismos de mercado.
Comprar bem não é fácil. Trata-se de um processo longo, trabalhoso e caro. São muitos os problemas, a começar pela dificuldade de encontrar e listar os critérios de seleção dos fornecedores. Muitas vezes as empresas conseguem determinar os aspectos importantes, mas não conseguem atribuir peso relativo a um critério em relação aos demais. Outro problema em que as companhias sempre esbarram é a carência de dados objetivos disponíveis sobre as reais capacidades dos fornecedores.
Mesmo assim, o processo de seleção consome de quatro a oito meses, três a dez pessoas de cada vez e custa entre 20% e 35% do custo inicial de aquisição do