Qualidade estilisticas
3.1 – HARMONIA: Ao falarmos de harmonia estamos nos referindo de modo específico, às figuras de linguagem (figuras de som). Elas têm o efeito de se voltar para a repetição de sons, como por exemplo, a repetição de uma vogal ou de uma consoante. Assim temos: Aliteração; Assonância; Paronomasia; Onomatopéia.
EX: “Os cinco sentidos” (Folhas Caídas), de Almeida Garrett: São belas – bem o sei, essas estrelas”, que combina várias sonoridades da mesma vogal, técnica ainda mais apurada no começo de “Barca bela” (ibid.), que resulta num ritmo binário entre sons abertos e fechados da mesma vogal: “Pescador da barca bela, / Onde vais pescar com ela, / Que é tão bela, / Ó pescador?”. Enquanto um eco é formado pela identidade de sons, na harmonia imitativa qualquer som vocálico se pode aproximar de outro para formar harmonias.
3.1.1 - REPETIÇÃO: Repete-se o artigo antes de dois adjetivos unidos por uma das conjunções e/ou quando os adjetivos acentuam qualidades opostas de um mesmo substantivo. Não se repete o artigo quando o segundo substantivo designa o mesmo ser ou a mesma coisa que o primeiro.
EX: Levaremos um tempo para crescer, levaremos um tempo para amadurecer, levaremos um tempo para entender, levaremos um tempo para envelhecer, levaremos um tempo para morrer.
3.1.1.1 – ALITERAÇÃO: Figura de linguagem que consiste na repetição de determinados elementos fônicos (sons consonantais idênticos ou semelhantes).
EX: “Acho que a chuva ajuda a gente se ver”.
3..1.1.2 – RIMA: Rima rica e rima pobre são designações que fazem parte da terminologia específica usada para classificar dois dos casos particulares da área da rima, que por sua vez, pertence ao domínio da versificação. Consideram-se pobres as rimas soantes, feitas com terminações muito correntes do idioma, principalmente as da mesma classe gramatical. E rimas ricas são as que se refere ou de finais pouco freqüentes.
EX: (Rima pobre)
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso