Qual a sua tribo?
Esta identidade se dá na segurança que encontram num determinado grupo. “Os jovens sempre têm uma tendência a formar grupos, que permitem diluir responsabilidades de suas ações”, fala a psicóloga Sueli Modesto. Nas grandes cidades, principalmente, encontram-se as tribos juvenis, que são grupos de jovens que falam a mesma língua, possuem os mesmos costumes, em busca do encontro, do proibido, do prazer, de diversão e de um ideal que os façam diferentes.
Segundo a psicóloga Sueli Modesto, alguns jovens no período de desenvolvimento apresentam características chamadas de “síndrome normal da adolescência”. “Eles entram em crise de comportamento, mas isso é normal pois estão em busca de si mesmos e de sua identidade”.
Dentre todas as tribos já surgidas, como a das “patricinhas”, dos “clabers”, dos “hipes”, um novo jeito de ser invade as ruas das cidades brasileiras, a tribo do momento: são os “emos”.
O nome “emo” advém de emotional hardcore, vertente do punk que mescla som pesado com letras românticas. Geralmente são jovens de 11 / 18 anos, que misturam roupas pretas com estampas de desenho animado, botas punk, tênis rosa, colar de bolas, camisas justas, possuem longas e lisas franjas usadas somente de um lado do rosto e pintam os olhos, o que denota certa ambiguidade sexual.
“Muito mais importante que usarmos roupas consideradas “diferentes” pela sociedade, temos um estilo de vida próprio, que se dá através de nossas atitudes”, diz o jovem de 14 anos, Felipe Pereira.
Para pertencer a essa tribo os adolescentes precisam gostar de música emocione. Um estilo que mescla a batida hardcore com letras românticas e poesias adolescentes. Todas as bandas emo brasileiras colocam suas composições em sites e especificam “ser emotivo”.
Os emos não escondem seus sentimentos choram ouvindo músicas que falam de amores perdidos ou rejeição dos pais, expressam abertamente suas emoções meninos e meninas se beijam, se abraçam em público sem preconceitos. “Na