Discutir sobre a ideia de “invasão”, em particular no nosso país, remete-nos ao período da colonização portuguesa, invasão, esta, que se comparada à norte-americana, principalmente na atualidade, ocorreu de forma violenta, ao contrário desta última, que se infiltrou de forma suave, alienando a população, chegando a gerar até confusão em suas identidades culturais, tornando-os escravos de uma cultura marginalizada ou mesmo inconscientes de suas capacidades de participação ativa na transformação da realidade. Considerando a forte influência exercida pela cultura americana na realidade brasileira, esta, nos hábitos e costumes, principalmente das gerações mais novas, ficam para reflexão as seguintes indagações: Será que perderemos definitivamente nossa identidade cultural? Será que daqui pra frente em função da adesão a uma cultura diferente da nossa realidade iremos transformar nossos valores, hábitos e costumes? É importante destacar que nosso país, economicamente, desde o início da industrialização, vem se mantendo a partir do capital estrangeiro, em particular o americano, sendo o Brasil o fornecedor da matéria-prima e importador de tecnologias, estas, em sua grande maioria, já ultrapassadas para o contexto dos Estados Unidos, ou seja, sem quaisquer serventias para o mesmo. Analisando por esta perspectiva, pensemos nos versos de Maurício Tapajós e Aldir Blanc[1], que dizem: “O Brazil não merece o Brasil/O Brazil tá matando o Brasil”, versos que nos levam a refletir o quanto a cultura norte-americana tem influenciado, em grande parte negativamente, o processo cultural brasileiro, tomemos como exemplos o cotidiano uso de palavras estrangeiras e o obrigatório uso da língua inglesa nas escolas, caminho para a perda de identidade, tendo em vista a desvalorização da língua pátria, o consumo de produtos importados, desvalorizando a produção local, entre outros. Sabemos que a história do Brasil inicia-se com uma