Quadro de magritte
Na ideia do autor, não se pode dizer que a asserção publicada no quadro seja falsa, verdadeira ou contraditória, pois seria tudo ao mesmo tempo. Para o autor ao observar a figura sem a frase “Aquilo que se vê no quadro é realmente a figura de um cachimbo”, mas no contexto da frase, realmente não se trata de um cachimbo que possa fumar. “[...] não é como um cachimbo do mundo real.” (pag. 20)
Não podemos pensar figuras ou imagens que não conhecemos, a semelhança é a relação de sensibilidade entre o artista e o objeto, descrita num determinado desenho. A aparência, ou seja, a representação é a forma visível de uma semelhança ou um pensamento, e se o artista for bem sucedido, se deixa aparecer para o mundo em sua totalidade.
Para o autor a imagem não é o pensamento e sim a descrição do pensamento, sua aparência para o mundo. “Ao se tornar visível através de um quadro, o pensamento do artista tornou-se suscetível de esconder um outro visível, que é a parede ou outra coisa qualquer que o quadro possa estar escondendo; mas não se tronou suscetível de esconder um outro pensamento.” (pag. 21/22)
Na carta escrita para Focault, Magritte distingue os sentidos das palavras e revela que as coisas não possuem relação de semelhança entre si, mas de similitude. As ervilhas possuem relação de similitude, que podem ser visíveis ou invisíveis. As cópias são objetos que têm similitude com os originais e guardam, entre si, relações de similitude visíveis. Na idéia de Magritte quando fazemos um edifício que tem similitude com outro, estamos reproduzindo os atributos das