quadro comparativo com a psicologia do desenvolvimento humano
Considerado o mais significativo de seu género à época, reúne, sem qualquer sistematização, poesias líricas, heróicas, satíricas e burlescas, religiosas e outras puramente narrativas. Muitas das composições são anónimas.
O título pomposo deixa transparecer as características da temática e do estilo barroco que enforma as composições: o petrarquismo, o erotismo muito realista, a caducidade da vida, temas fúteis (poesia de entretenimento), a sátira aos vícios da sociedade, motivos religiosos e históricos, temas todos tratados de forma ornamental, com o uso de metáforas, hipérboles, perífrases, troca de palavras, ou de forma engenhosa com o desdobramento de um conceito em várias ideias por meio de raciocínios artificiosos, até dar um imprevisto paradoxo. Esta característica justifica a designação aposta a este cancioneiro de Seiscentos - cancioneiro barroco.
Dos muitos autores que nele estão representados, destacam-se Francisco Rodrigues Lobo, D. Francisco Manuel de Melo, Jerónimo Baía, Dr. António Barbosa Bacelar e Francisco de Vasconcelos.
A "Fenix Renascida" e o "Postilhão De Apolo"
Estas são as duas antologias mais importantes da poesia seiscentista em Portugal, sobretudo a primeira. A Fenix Renascida ou Obras Poéticas dos Melhores Engenhos Portugueses publicou-se em cinco volumes, entre 1716 e 1728, e com acréscimos em 1746, por Matias Pereira da Silva. A par da influência camoniana, revelada na glosa a sonetos de Camões e a Os Lusíadas, nota-se o cultivo das típicas "agudezas" barrocas. Além dos temas lírico-amorosos e épicos, interessavam os mitológicos, os satíricos, os religiosos. Dentre os poetas ali reunidos, destacam-se: Jerónimo Baía, Sóror Violante do Céu, António da Fonseca Soares (Frei António das Chagas), D. Tomás de Noronha, Diogo Camacho, António