Quadro clinico
Anamnese
A anamnese em mastologia segue as normas da propedêutica clássica, com ênfase nos fatores de risco para o câncer mamário.
O aparecimento de tumor na mama é o sintoma principal da doença, sendo esta a queixa principal, o qual, em mais de 70% das vezes, é descoberto casualmente pela própria paciente. A dor é incomum (entre 5 e 10%).
O relato de fluxo espontâneo ou hemorrágico, embora raro, é preocupante e requer investigação.
Os derrames de baixo risco em geral são bilaterais, multipóricos leitosos e/ou esverdeados. Já os de alto risco são unilaterais uni ou oligopóricos, sanguinolentos ou aquosos.
Outros sintomas como ingurgitamento localizado, retração, edema, ulceração da pele, adenomegalia axilar, embora menos usuais, são por igual relevantes.
Exame Físico
No caso das neoplasias, a presença do tumor deve ser explorada no que diz respeito a seu tamanho, forma, limites, consistência, fixação aos planos superficiais e/ou profundos, características da pele que o recobre e a sua localização.
Inspeção: o examinador deve observar comparativamente o volume, forma, simetria e alterações cutâneas incluindo aréola e mamilo. As principais alterações a serem observadas são: retração, abaulamento, eritema, acentuação da rede venosa, edema e ulceração. O edema cutâneo, em geral, associa-se ao carcinoma avançado. A pele suprajacente e periférica ao tumor assume a característica de “casca de laranja”. A etração é explicada pela presença de fibrose peritumoral que fixa o tumor firmemente à fáscia superficial e/ou profunda do músculo peitoral, puxando a pele para dentro, causando a depressão e/ou prendendo a mama aos planos profundos.
Palpação das cadeias linfonodais: os gânglios axilares palpáveis devem ser descritos ao seu número, consistência e mobilidade. É importante notificar a área, em centímetros.
Palpação das mamas: Faz-se inicialmente, movimentos no sentido radial e posteriormente circulares incluindo o prolongamento