Qu o humana a mulher brasileira
FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS
CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
QUÃO HUMANA É A MULHER BRASILEIRA?
BRASÍLIA-DF
MAIO/2015
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA
FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS
CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
VANESSA LEMOS DE CARVALHO
RA: 21378467
BRASÍLIA-DF
MAIO/2015
1 INTRODUÇÃO
Há muito pouco, na história da humanidade, a mulher passou a ser humana. Essa frase encontra razão de ser principalmente pelos ditames da teoria arendtiana, para qual o humano foi concebido para a inovação1. É que, por um longo espaço temporal, pouco ou nada se teve de participação da mulher no mundo político do qual fazia parte2. Discute-se aqui a “humanização” da mulher, sob o enfoque arendtiano, entendida aqui como possível, desde que existente a ação3.
Embora tenha Arendt sofrido diversas críticas de estudiosas feministas4, compreende-se haver em seu discurso forte propulsor da ascensão social da mulher: o ideal de naturalidade5. Baseada em Santo Agostinho, a autora alemã colocava a importância de mudanças, a importância do rompimento do estabelecido socialmente. É em busca de tal rompimento que vai o feminismo, de forma a se agasalhar perfeitamente no conceito de ação arendtiano.
Com vistas a demonstrar o caminhar feminista em busca de uma mulher atuante, “humana” de Arendt, expor-se-á neste ensaio um caso possivelmente representativo daquilo que seria a ação feminina em uma democracia participativa6: o da “Articulação das Mulheres Brasileiras”.
2 O CASO DA “ARTICULAÇÃO DAS MULHERES BRASILEIRAS”
Em artigo intitulado: “Repertórios organizacionais e mudança institucional, grupos de mulheres e a transformação política nos EUA, 1890-1920”, Elisabeth Clemens ressalta que: “as organizações de mulheres da virada do século – juntamente com outras associações – de fato causaram mudanças substanciais na política americana. Clemens