putas
Desejado”, “O Encoberto” Mensagem
Na Mensagem, o poeta passa a desprezar o bem-estar contente da mediocridade.
As grandes figuras da história portuguesa que Pessoa evoca na sua Mensagem, no intuito de levar à consciência dos Portugueses as ações sobre-humanas dos seus antepassados, são todas elas exemplos desta loucura para o futuro. Nos versos da Mensagem, esta loucura criadora já não é uma particularidade dos poetas, dos fundadores de religiões ou dos filósofos. Pertence a todos aqueles que tentam realizar um grande projeto nacional e que não se refocilam unilateralmente nos gozos duma sociedade de consumo.
Observamos uma viva admiração pela loucura de Dom Sebastião e um desprezo acentuado pelo homem
“besta sadia”, que passa a vida sem ideias, sem grandes projetos, contentando-se com o gozo materialista.
GEORG RUDOLF LIND, Estudos sobre Fernando Pessoa (texto com supressões)
“D. Sebastião, Rei de Portugal” trata-se de um poema da primeira parte – o Brasão – da Mensagemcoletânea de poemas de Fernando Pessoa, escrita entre 1913 e 1934, data da sua publicação. Dentro desta, integra-se n’ As Quinas.
Na primeira estrofe o sujeito lírico encontra a base da loucura na grandeza (a febre do além, o sonho, o ideal) que o sujeito lírico assume com orgulho.
Na segunda parte, o sujeito poético lança um repto aos destinatários, fazendo um apelo à loucura e à valorização do sonho.
É a referência ao mito sebastianista, força criadora, capaz de impelir a nação para a sua última fase que está aqui em questão. O repto permite aos destinatários considerarem a grandeza do rei suficiente para todos. A utopia foi e será sempre a força criadora de novos mundos quer a nível individual quer a nível coletivo.
Já Camões dirige-se a D. Sebastião declarando-o: o enviado providencial para assegurar a independência de Portugal, continuando a obra da dilatação da fé e do império. Note a