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Pausa. Meu celular toca.
Número desconhecido, que ótimo!
- Alô?- Pergunto.
- Srta. Russel? – Ele retruca.
- Sim, quem deseja?
- Aqui é o delegado Sean, estou ligando para intimá-la a comparecer a delegacia hoje a tarde.
Choque. Eu? Como assim?
- C-cla-claro, Sr. mas eu ao menos posso saber o que vamos tratar? – Jess se assusta com a expressão de meus olhos e me puxa com delicadeza para o canto do corredor onde eu não atrapalho a passagem de nenhum universitário.
- A respeito da morte do Sr. Pettsburg.
Minha garganta seca. O que eles estão pensando? Calma, Elena, eles apenas precisam de testemunhas.
- Alô, Srta. Russel? – ele insiste.
- Sim, claro, claro. Estarei ai assim que sair da universidade.
- Estarei aguardando.
E então desligou.
Ok, Elena, você já entendeu, não é? Calma, sorria para que todos não percebam o nervosismo queimando em seus olhos.
- E então? – Jess pergunta curiosa, sei que ela é uma das minhas grandes amigas, mas não quero que ela saiba de nada para evitar milhares de perguntas.
- Não... hum... era lá do escritório, acredita? Precisam que eu compareça depois da aula, pois só eu tinha acesso aos documentos e projetos do Noah, essas coisas. –
Enquanto falava com ela as vozes ao redor sumiam e eu percebia que minha mente se transportava para delegacia e preparava todo o discurso e uma lista de argumentos. Eu não era culpada, claro, mas por que isso? Que nervosismo latente ridículo. Jess fica meio desconfiada, mas ela ainda não me conhece o suficiente para saber que eu estou mentindo.
Vamos para a aula e espero verdadeiramente que não passe rápido.
Meu pedido é em vão, pois quando dou conta já são três horas da tarde e sei que já estou a caminho da delegacia.
Ao chegar lá vejo Corina sentada em uma cadeira de aço com sua imitação de
Marc Jacobs no colo tremendo que nem vara verde. Olho para ela com calma para ela
perceber