Publicidade
Com o objetivo de persuadir os consumidores, algumas vezes, as peças publicitárias focam somente o positivo do produto anunciado ou o apresentam de maneira que este se torne perfeito, fazendo com q o impacto da peça publicitária se concretizeo que pode causar certa discrepância na percepção do público relativa ao que se é anunciado. Isso remete a um dos principais aspectos da propaganda abordados pelos críticos atualmente: a decepção que algumas podem gerar quando interpretadas erroneamente.
Como nossa percepção é baseada em nossas experiências anteriores e é seletiva, acabamos enxergando a propaganda como queremos, conhecemos o produto e absorvemos suas informações conforme nossos desejos. Desse modo, com certa frequência, apresentamos certa propensão a enxergar a propaganda com diferentes olhos, sem uma análise crítica, e criamos expectativas que estão além da realidade do produto. Esse processo de criação de expectativas e posterior conhecimento de que não são reais gera, por fim, decepção.
Segundo o texto de Shabbir e Thwaites, a decepção da propaganda se baseia em três principais aspectos que podem ocorrer na mesma: a falta de exatidão e a presença de ambiguidade, a omissão de informações para que se avalie a veracidade do anúncio, e, finalmente, a presença de inverdades.
Os mesmos autores nos atentam também para o uso do humor como máscara para a decepção, fazendo desse recurso um método para que as pessoas sejam mais condescendentes com o conteúdo exposto na publicidade e percebam menos suas propensões a erros interpretativos. O efeito de mascarar alguma coisa faz com que um indivíduo deixe de processar um primeiro estímulo do anúncio (no caso, o lado decepcionante), e acompanha o segundo (o humor) que é transmitido. Deste modo, distraindo o consumidor e modificando o modo como a mensagem é percebida pelo mesmo, o humor usado como máscara é considerado uma forma de manipulação, ao passo que também facilita a criação de associações