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Tendo a crise gerada pela industrialização como sua primeira apreensão, as manifestações do Art Nouveau se mostram constantemente preocupadas em conferir a habilidade de seus representantes na exploração de traços obtidos na natureza. A sinuosidade e a complexidade das formas operavam como um tipo de confirmação dos limites que a produção industrial teria no mundo das artes. Em outras palavras, a existência de formas de plantas e animais demonstraria a exata distância que difere o labor artístico da reprodução realizada pelas máquinas.
Ao mesmo tempo, devemos também frisar que as opções desse estilo estavam manifestadas na escolha de materiais que se afastavam da matéria-prima comumente encontrada nos ambientes fabris. Os materiais deveriam reforçar a singularidade da ação artística, sendo dessa forma, trabalhados por meio de tantas etapas e processos que não poderiam se adequar precisamente à determinação de um produto que pudesse ser refeito utilizando-se dos mesmos materiais e da mesma técnica. Sem dúvida, tínhamos uma engenhosa provocação ao poder que as máquinas galgavam naquela época.
Também devemos aqui salientar que o Art Nouveau teve grande força para que seu estilo se manifestasse em diferentes campos da arte. Dessa forma, quadros, móveis, objetos de decoração e edifícios integraram essa mesma tendência. No campo das artes plásticas, podemos destacar o legado de Gustav Klimt (1862 - 1918), autor de "O beijo" (1907); Henri de Toulouse-Lautrec (1864 - 1901), que assina "Baile no Moulin Rouge" (1890); e Pierre Bonnard (1867 - 1947), criador de "Prato de Maçãs em Cima de uma Mesa" de 1905.
Na arquitetura e na decoração é possível encontrar um grande número de objetos representantes de tal tendência. Tanto na parte externa como interna das construções, observamos a existência de labaredas, flores, folhagens e animais que conferiam a organicidade e a naturalidade