Análise taxi driver
Análise Fílmica
Esse maravilhoso filme de Martin Scorsese se passa em Nova York e tem como personagem principal Travis Brickle, brilhantemente interpretado por Robert de Niro, um homem solitário e obsessivo, que arruma um emprego de taxista noturno para ocupar seu tempo e se apaixona por Betsy, que trabalha na campanha política de um candidato a presidência, que coloca esperanças em sua vida de não ser mais um “Solitário Homem de Deus”, e é quando essa esperança é quebrantada que a mente perturbada de Travis se torna doentia. Scorsese deixa claro que Betsy é só quem desencadeia. Com cenas repetitivas, como a do farol verde, e metáforas como a água borbulhando no copo, mostram como Travis é desgastado por sua própria mente na sua jornada solitária sem dormir. Um diálogo interessante, que nos diz muito sobre o personagem, é quando o candidato a presidência pra quem Betsy trabalha entra no seu táxi e, questionado sobre o maior problema do país, responde que as ruas estão muito sujas, que deveriam ser limpas. Não precisa ser dito, sabemos que Brickle fala sobre pessoas. No seu táxi, passa sempre por ruas marginais, com muitas prostitutas, drogados, traficantes. Fica claro na filmagem o progressivo nojo que o protagonista sente por essa “escória”. Em algumas cenas fica tempos olhando pra um drogado sem piscar, o que expressa essa repulsa que ele vem sentindo. Também fica claro a perturbada mente do anti-social quando ele leva Betsy ao cinema para assistir um filme pornô e não entende porque ela fica ofendida. Scorsese nos dá uma aula de cinema com esse filme, abusando da mudança de planos e ângulos, ele nos conta detalhes do que está por vi pelos enquadramentos e cortes, como na conversa em um café entre Betsy e Travis, em que ele nos mostra o interesse e o desinteresse de cada um dos personagens apenas pelo enquadramento da cena, enquanto Travis está centralizado, no contra campo Betsy aparece no canto da tela, a rua