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Daslu

A história de sucesso da Daslu

Fundada por Lúcia Piva de Albuquerque, na década de 50, a Daslu teve um início tímido. Estruturada desde o princípio para oferecer artigos sofisticados, apenas quando a pequena butique foi assumida por Eliana Tranchesi, filha de Lúcia e herdeira da empresa, a marca se tornou sinônimo de luxo e referência de estilo no Brasil.
Em 1990, dois meses depois da posse do ex-presidente Fernando Collor, a jovem empresária realizou uma viagem para a Europa, resoluta no propósito de convencer as grandes marcas mundiais a comercializarem seus produtos em terras nacionais. O cenário econômico, porém, não favorecia a empreitada. Em um país assolado pela inflação e vítima de uma instabilidade que certamente despertaria desconfiança até nos mais otimistas, vender alto luxo parecia uma operação arriscada, para dizer o mínimo. Batendo de porta em porta, lançando mão de argumentos persuasivos e convidando à aposta, o fato é que Eliana Tranchesi aos poucos conseguiu rechear a Daslu de marcas consagradas como Chanel, Valentino, Gucci e Prada. Começava ali uma história de sucesso que é lembrada até hoje como um primoroso caso de branding.
O crescimento da Daslu foi espetacular e já perfeitamente mensurável em 1994, com a moeda finalmente estabilizada. Mais do que uma loja de roupas caras, a butique se tornou um templo de consumo, o universo do luxo no Brasil. A revista Vogue, em sua versão inglesa, concedeu à empresa o cobiçado título de “um dos melhores locais para se fazer compras no mundo”; e esse êxito explosivo não pôde ser atribuído apenas às marcas que descansavam nas prateleiras, mas também ao zelo, critério e organização na forma como a marca era gerenciada.
Eliana Tranchesi sempre atentou aos detalhes. Com notável primazia e senso de business, pleno conhecimento de seu público e foco na definição de seus objetivos, a empresária recriou nas dependências de suas lojas a atmosfera refinada de um clube de elite. As vendedoras,