Publicidade anos 60
No Brasil, a turbulenta década de 60 começou em festa: a inauguração de Brasília fez os brasileiros crerem que a alvorada de um futuro promissor havia chegado. A posse de João Gulart foi difícil e só possível com a redução substancial de seus poderes. Instalou-se o parlamentarismo, logo em seguida eliminado por um plebiscito. Retomado os poderes presidenciais, Jango lançou-se num programa de reformas estruturais para atender sua base eleitoral esquerdista e passou ao confronto quando sentiu demasiada oposição. Em 31 de março de 1964 um golpe militar destituiu o presidente e Humberto de Alencar Castelo Branco iniciava o longo período do governo militar. Cassações de mandatos, suspensão de direitos políticos, prisões seguiram-se ao golpe.
Em 1966, Mal. Castelo Branco foi substituído pelo General Artur da Costa e Silva e uma nova constituição foi outorgada, em 1967, fortalecendo os poderes do executivo.
Em dezembro de 1968 o governo promulgou o Ato institucional nº5 (A I-5), um complemento à constituição que oficializava a ditadura: o Congresso foi fechado, os direitos individuais suspensos, a imprensa e órgãos de comunicação violentamente censurados.
A esquerda agia na clandestinidade, em grupos de diferentes organizações, de diferentes linhas ideológicas, e manifestava-se através de atos de terrorismo, assalto a bancos e sequestros de figuras importantes, como do embaixador norte-americano no Brasil. A direita respondia com violenta repressão: prisões, tortura e mortes.
Em 1969 assumiu a presidências o General Emílio Garrastazu Medici. Intensa propaganda ideológica agiu através dos meios de comunicação para criar uma imagem simpática do presidente e das realizações do regime militar.
O regime usou fartamente a propaganda para exaltar o “Brasil Grande”. A ditadura brasileira foi muito útil na criação de slogans. Estes tinham, em geral, o objetivo de levar à população uma palavra de incentivo, otimismo e confiança.