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A PUBLICIDADE VOLTADA À INFÂNCIA
Autora: Tainá F.W A publicidade é uma ferramenta muito eficaz na transmissão de informações a população. No entanto, dentro desse grupo encontram-se também as crianças, que mesmo não possuindo o poder de compra direto, são muito mais afetadas pela propaganda do que os adultos. Segundo Jean Piaget (apud Michael Meyerhoff) as crianças passam por vários períodos de desenvolvimento (sensório-motor, pré-operacional, operacional concreto e operacional formal), nos quais importantes funções são estabelecidas. No período Pré-operacional a sua visão de mundo é exemplificada, ou seja, ela constrói as noções sobre a realidade nessa fase, já na Operacional concreto adquirem a capacidade de entender conceitos e saber usá-los no mundo ao seu redor. O perigo está justamente nessas fases, quais informações a publicidade está fornecendo ao público infantil nesse período tão crucial? Essas fases são muito importantes para a criança começar a lidar com o mundo exterior, saber falar sobre problemas reais ou teóricos. O problema é que as crianças brasileiras ficam em média quatro horas por dia em frente a tv, sendo bombardeadas por propagandas a toda a hora, o que interfere no aprendizado infantil, além de influenciarem em até 80% as decisões de compras que os pais fazem, segundo vídeo da revista Galileu. A ideologia capitalista não para no mundo adulto, a linguagem é diferente, mas existe ainda a preocupação com o código do qual a publicidade faz uso. Como Nelson Jahr Garcia explica: “(...) a propaganda (...) precisa adaptar e adequar as ideias nela contidas às condições e à capacidade dos receptores de tal forma que tenham sua atenção despertada para as mensagens e consigam entender seu significado”. Desse modo, o público infantil fica sujeito a interferências em seu modo de vida, na alimentação principalmente. Em média são veiculados 30 anúncios por hora na TV, sendo que metade é