Psicóloga
O primeiro filme da série tem início mostrando uma votação no congresso americano sobre a obrigatoriedade de todos os mutantes se cadastrarem revelando qual é o seu tipo de mutação. Jean, uma mutante com conhecimentos médicos, defende a liberdade dos mutantes, argumentando que pessoas sem mutação muitas vezes são assassinos em potencial e demonstra isso tomando como exemplo a direção perigosa, ratificando que todos, homens e mutantes, temos aspectos positivos e negativos. Os mutantes são considerados como grupo de risco e nesse caso especificamente, o risco virou uma medida - no sentido de medir - por isso o senador é a favor do registro de cada mutante, para que possam conhecer e mensurar os poderes daqueles que julgam perigosos.
Um outro paralelo a ser feito com a disciplina estudada seria pensarmos em como os mutantes se tornam “perigosos”. Uma vez que todos eles possuem características diferentes e possuem poderes distintos, isso ratifica-os como os que quebram a hegemonia social vigente e o governo, através do biopoder, quer impor um cadastro para que sejam identificados, por que são temidos, e percebemos que no filme, assim como na realidade, o desconhecido gera medo, insegurança, fazendo com que o biopoder os coloque como grupo de risco, grupo que emana perigo. Na sessão do congresso não vemos em nenhum momento a ética do cuidado, pois essa ética pressupõe negociação, inclui o conhecimento do outro, as histórias de cada individuo (pois é isso que nos torna seres singulares, diferentes uns dos outros), mas ao contrário, o que vemos é o discurso do moral, que traz a ideia de bem versus mal, onde o saber/poder se faz imperar.
O mesmo senador que defende o registro dos mutantes é capturado por Magneto, que o transforma em mutante. Ele se revolta, pois agora pertence a uma classe que antes repugnava, mas graças aos seus novos poderes, consegue