Psicóloga

1060 palavras 5 páginas
“É uma cruz que carrego pelo resto da minha vida!”

Esse caso diz respeito ao atendimento de um pré-adolescente, com treze anos de idade, a quem chamarei de Rodrigo1. É importante destacar que, durante o acompanhamento de Rodrigo, sua mãe, que será chamada de Maria, fez-se presente em alguns atendimentos intercalados com seu filho. O primeiro atendimento foi realizado com Maria. Essa (cinqüenta e quatro anos) compareceu ao IMIP sozinha, queixando-se do repetitivo ciclo de crises convulsivas apresentadas pelo seu filho desde seus sete anos. Maria relatava que Rodrigo, perto da hora de dormir, começava a ter crises epiléticas e não conseguia deitar com a luz apagada. Ademais, salientou que, no momento das crises, Rodrigo chorava bastante, mas não entendia o motivo do choro de seu filho. Ainda registrou que, quando a crise sanava, seu filho se lembrava do que havia acontecido, ou seja, tinha consciência de que havia tido uma crise convulsiva. Ao relatar sobre a história de seus filhos, Maria se detém mais na história de vida de Rodrigo. Ela diz ter quatro filhos, dentre eles uma menina. Nessa contagem dos filhos, Rodrigo é omitido. Nesse momento, começa a relatar que Rodrigo é adotado e que sempre quis ter uma “menina”. Mencionou que Rodrigo é filho de uma vizinha e que, quando soube que ela estava grávida, perguntou: “Será menino ou menina?” (sic); a vizinha respondeu que provavelmente seria uma menina em virtude do formato de sua barriga. Ao saber do parto da vizinha, Maria foi ao hospital e, ao chegar aí, a decepção: “É um menino!” Relatou que resolveu adotar Rodrigo juntamente com seu marido, já falecido há três anos, uma vez que já o havia prometido a sua mãe biológica. Salientou ainda que não o queria porque já tinha três filhos homens e seu desejo sempre foi ter uma menina. Maria, nesse momento, confessa que havia pensado na possibilidade de “jogá-lo fora’”, afirmando: “Se nós (Maria e a mãe biológica de Rodrigo) jogássemos ele no lixo

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